domingo, 9 de fevereiro de 2014

Menino de 9 anos sofre um tipo de decapitação, mas sobrevive sem sequelas


Decapitação interna. Pelo nome, já se imagina que coisa boa não deve ser. Essa é a maneira informal com que os médicos chamam a luxação atlanto-occipital, um rompimento dos tecidos macios do pescoço que dão sustentação ao crânio. Os ossos ficam soltos - ou seja: a cabeça se separa do pescoço, ficando presa apenas pela pele e, em alguns casos, pela medula espinhal. Foi a essa lesão hardcore que Jordan Taylor, de apenas 9 anos, sobreviveu - sem apresentar nenhuma sequela posterior! -, depois que um caminhão de lixo simplesmente não parou no sinal vermelho e bateu no carro em que ele viajava.
"Eu me lembro de vê-lo no carro, e a cabeça dele estava meio pendurada", disse a mãe de Jordan, Stacey Perez, à rede de TV americana CBS. Isso porque o impacto do acidente fez com que a cabeça de Jordan se soltasse do pescoço e se movesse para a frente.
"Pense no corpo humano como um colar de pérolas. Se você quebra uma delas, é fratura. Mas, se você corta a linha que une as pérolas, elas ficam soltas. Isso é lesão dissociativa", explica Peleg Ben-Galim, especialista em cirurgias da medula espinhal e professor do Baylor College of Medicine, nos EUA. "Quando se aplica alguma força, como uma cutucada nas pérolas, elas se espalham, pois não há nada que as segure." Foi o que aconteceu com Jordan.
No hospital, o menino passou por cirurgias complexas, em que os médicos reconectaram seu crânio ao pescoço com uma placa de metal, parafusos e hastes de titânio. Foram 3 meses de operações e tratamentos, mas ele saiu andando do hospital. Sua sorte foi que, apesar de todo o tecido macio do pescoço ter sido dilacerado, a medula espinhal ficou intacta.
Segundo Ben-Galim, autor de vários estudos sobre decapitações internas, esse tipo de lesão não é incomum, principalmente em acidentes de trânsito. O difícil é conseguir que os pacientes sobrevivam ou fiquem sem sequelas. Os médicos de Jordan lhe deram um prognóstico de apenas 1% de sobrevivência. Mas, de acordo com o professor, estimativas como essa nem sempre se concretizam. "Ainda desconhecemos muita coisa sobre esse tipo de lesão."
 Fonte:http://super.abril.com.br/saude/recuperacoes-espantosas-621672.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super

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