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domingo, 9 de fevereiro de 2014
Homem desperta após 19 anos em estado semi vegetativo
Depois de longos 19 anos vivendo em estado semivegetativo, o americano Terry Wallis voltou a si, surpreendendo até o mais otimista dos médicos. Era dia 11 de junho de 2003, e a primeira palavra que disse depois de quase duas décadas naquela condição foi "mamãe". O caso deixou a comunidade científica mundial de boca aberta e renovou o debate entre os grupos pró-eutanásia e aqueles que defendem a vida a todo custo. Afinal, se Wallis acordou, por que qualquer outro paciente em coma também não poderia acordar?
Ninguém sabe explicar como e por que Wallis despertou depois de tanto tempo. Fato, porém, é que, embora ele tenha ficado "desacordado" por 19 anos, não permaneceu todo esse tempo verdadeiramente em coma. Seu estado era o que os médicos chamam de "minimamente consciente". O coma é uma condição mais grave, mas passageira: os pacientes se recuperam, evoluem para o estado vegetativo ou morrem. Nada a ver também com a chamada morte cerebral, que é a perda irreversível de qualquer atividade do cérebro. "Essas síndromes são mal compreendidas pelo público leigo, que tende a considerá-las idênticas, mas na verdade não são", diz James Bernat, da Universidade Cornell, nos EUA, autor do livro Ethical Issues in Neurology ("Questões Éticas na Neurologia", sem tradução para o português).
O drama de Wallis começou quando o carro em que ele estava com alguns amigos despencou de um penhasco. Aos 20 anos, o rapaz teve lesões neurológicas graves. Nesse primeiro momento, sim, ele entrou em coma, do qual saiu aproximadamente 3 meses depois - para ficar quadriplégico e evoluir para o estado semivegetativo. De vez em quando, parecia dar sinais de perceber o que acontecia ao redor: acompanhava uma pessoa com os olhos, por exemplo. Os médicos, no entanto, eram categóricos: não adiantava acreditar em sua recuperação.
"Quanto mais tempo o paciente fica nesse estado, menores são as chances de sair dele", afirma Bernat. "A partir de 12 semanas, a probabilidade de voltar é mínima." Mas a família de Wallis jamais perdeu a esperança. Até que, um belo dia, ele tentou falar - e quase matou sua mãe de susto. Desde então, seu vocabulário vem crescendo sem parar. Wallis recuperou parte dos movimentos, mas perdeu a habilidade de processar novas memórias. "Os 19 anos de estado minimamente consciente afetaram principalmente seus axônios [as terminações nervosas de cada neurônio, responsáveis pela transmissão dos impulsos de uma célula para outra]. Mas exames demonstraram que eles voltaram a crescer e se reconectaram."
Fonte: http://super.abril.com.br/saude/recuperacoes-espantosas-621672.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super
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