Mas esse é um animal verdadeiro, que vive em torno da costa da Antártida. A foca-caranguejeira (Lobodon carcinophaga) se alimenta na verdade de krill (conjunto de espécies de animais invertebrados semelhantes ao camarão), e não de caranguejos. Aliás, seus dentes evoluíram especificamente para esta dieta, a fim de filtrar a água e capturar a minúscula presa crustácea.
As focas-caranguejeiras são de médio a grande porte (mais de 2 metros de comprimento) e de cor pálida, encontradas principalmente no bloco de gelo flutuante que se estende sazonalmente na costa da Antártida, que elas usam como plataforma para descansar, acasalar, se reunir socialmente e se alimentar.
Esta é de longe a espécie de focas mais abundante do mundo. Embora a estimativa de sua população seja incerta, há pelo menos 7 milhões delas no mundo, possivelmente até 75 milhões.
O sucesso da espécie se deve a sua predação especializada em krill antártico, abundante no Oceano Austral, dieta para a qual ela desenvolveu dentes exclusivamente adaptados como uma peneira. Seu nome científico, traduzido como “comedor de caranguejo” (carcinophagus) “com dente lobulado” (Lobodon) refere-se especificamente aos dentes finamente adaptados para filtrar a pequena presa.
Além de ser um importante predador de krill, a foca-caranguejeira é um componente importante da dieta de focas-leopardo (Hydrurga leptonyx), que consomem cerca de 80% de seus filhotes.
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