O astrônomo Roger Clowes, da Universidade Central Lancashire em
Preston (Inglaterra), e sua equipe de astrônomos encontraram um
aglomerado de quasares que, além de bater o recorde de maior estrutura
do universo, também abala as estruturas da astronomia moderna.
Utilizando os dados do Levantamento Digital do Céu Sloan (Sloan
Digital Sky Survey – SDSS), o mais completo mapa 3D que temos do
universo, a equipe identificou um grupo de 73 quasares, estendendo-se
por uma faixa 4 bilhões de anos-luz.
Desde 1982 sabia-se que os quasares tendiam a se agrupar em grupos
grandes (LQG, “large quasar groups”, na sigla em inglês). O primeiro LQG
foi descoberto em 1982. O maior deles, com 630 Mpc (megaparsec) ou 2
bilhões de anos-luz, foi observado em 1991.
Por um tempo, achava-se que o “1991 LQG” era o maior objeto do
universo. No entanto, este novo grupo tem praticamente o dobro do
tamanho, com 1240 Mpc de comprimento. Situado a 9 bilhões de anos-luz de
distância, ele recebeu o nome de “Huge-LQG” (“enorme grupo grande de
quasares”).
Quando Albert Einstein aplicou a Teoria da Relatividade pela primeira
vez, precisou fazer algumas simplificações de pressupostos razoáveis
que pareciam aplicar-se ao universo.
Uma destas simplificações foi presumir que ao olhar para grandes
fatias do universo, elas deveriam ser essencialmente parecidas, um
princípio cosmológico chamado de isotropia, que até recentemente havia
sido confirmado por observações.
Além disso, cálculos indicavam que os aglomerados mantidos unidos
pela gravidade teriam um tamanho máximo, de cerca de 1,2 bilhões de
anos-luz.
A descoberta deste enorme grupo de quasares conectados
gravitacionalmente parece desafiar o princípio cosmológico da isotropia e
a compreensão que temos sobre como a gravidade mantém aglomerados
gigantescos. Mas antes de repensar os modelos atuais padrões, são
necessárias mais pesquisas e verificaçõesFonte: http://hypescience.com/descoberta-a-maior-estrutura-do-universo/
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