A cigarra cobra, também conhecida como jequitiranaboia ou machaca (em
espanhol), é um inseto cercado de mitos e lendas. Muitos dizem que ela possui um veneno mortal capaz de ressecar árvores e matar animais e homens adultos.
Em alguns países da América do Sul acredita-se que se uma pessoa
é “ferroada”, ela deve ter relações sexuais em menos de 24 horas. Ou então morrerá. Alguns pensam que a picada não é mortal, mas afrodisíaca. Na Colômbia existe a expressão “picado por la machaca” empregada para aqueles com um grande apetite sexual.
Mas na verdade ela se alimenta de seiva, que coleta das árvores com um longo e
afiado aparelho bucal. Uma das características mais marcantes desses
insetos é o formato do apêndice cefálico, resultado do crescimento de
certas regiões da cabeça do inseto. Em alguns casos, esses apêndices são
adornados com falsas reproduções de olhos e narinas e podem lembrar a
cabeça de um réptil.
Existem espécies que apresentam manchas que se assemelham a fossetas
labiais, órgão para detecção de calor dos boídeos (família da jiboias e
sucuris). Outras apresentam um ponto negro entre os falsos olhos e
narinas, que remete a fosseta loreal, órgão dos crotalíneos (grupo das
jararacas, cascavéis e surucucus) com a mesma função da fosseta labial.
Essa semelhança com cobras e a presença de um aparelho bucal, que pode
ser confundido com um ferrão capaz de inocular veneno, podem ser a
origem de tudo. Mas, talvez, essa crença tenha um fundo de verdade: ao
ser manipulada, a jequitiranaboia pode usar o aparelho bucal para se
defender. É possível que o inseto tenha se alimentado de plantas que
produzam substâncias tóxicas ou ele pode estar infectado por bactérias.
Se alguém for machucado nessas condições específicas, pode ser que
comece a passar mal e até morrer. Porém, até hoje, não há nenhum caso
registrado de óbito de humanos causado por cobra-cigarra no Brasil.
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